terça-feira, 27 de abril de 2010

Pra quê tanto julgamento?


Dia após dia, experiência após experiência e percepções após percepções, chega o momento em que criamos a nossa verdade, o nosso ''eu''. Sabemos exatamente o que pregamos em nossa vida, o que plantamos, entre pensamentos e atitudes. Você vive da verdade? Tem a certeza que o que anda plantando na vida é o que a vida te dá a chance de plantar?
Eu diria que a minha verdade se definiu após tanto observar nas pessoas atitudes que quero ser uma a menos a ter. Eu vejo a busca insana pelo status, a necessidade de querer ser superior ao outro mas não pelo caráter, vejo a invasão na vida do próximo, a falta de compaixão e respeito por ele que é igual, é ser humano também. Eu vejo o julgamento.
Vi e vejo diariamente, em algum instante, em algum lugar, alguém julgando alguém. Seja baseando-se pela aparência, pelo modo como se porta, pelo o que fez ou deixou de fazer, pelo o que tem ou não tem. Não é a toa que as pessoas tanto desejam a harmonia, pois ela anda tão ausente na convivência entre os homens que todo mundo em algum momento já foi julgado pelo outro. ''Outro'' que você conhecia, ou NÃO. Não seria tão mais fácil se todos lembrassem que a vida é puro aprendizado, que os aprendizados também vêm dos erros... E que cada um tem o direito de escolher o que acha melhor para a vida? Somos diferentes em histórias, em opiniões e pensamentos, mas no fim tudo o que adquirimos é o aprendizado. Tendo consciência sobre isso, também não seria tão mais valioso respeitar o outro para ser respeitado, não julgar para não ser julgado?
Tiremos então nossas próprias conclusões. Se cada um observasse e refletisse muito mais sobre sua vida e suas atitudes, ao invés de ocupar sua mente e sua língua julgando a vida do outro, com certeza todos nós viveriamos muito mais em harmonia. Essa harmonia nos traria um sabor ainda melhor da liberdade que temos, não nos sentiríamos mais pressionados, e nem nos cobraríamos tanto... Não maltrataríamos mais a nossa mente com pensamentos sobrecarregados, de que precisamos melhorar a todo instante mas não para nosso próprio prazer como deveria ser, e sim para compararmos estética ou bens materiais. Nos valorizaríamos mais como seres humanos, nos garantíriamos precisando de um único elemento: caráter.
Não se dê o direito de julgar, se dê o direito de talvez aprender não só com os seus erros, mas com os erros dos outros. Observe, reflita e absorva mais, critique menos.
Dê ao próximo o que gostaria de receber sempre, e com certeza estará plantando através de suas atitudes exatamente o que gostaria de colher.

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