quarta-feira, 26 de maio de 2010

''Nós é que traçamos o Destino''


'' O homem costuma resignar-se a tudo, atribuindo ao destino o desenrolar dos acontecimentos.
É comum definir-se destino como ''algo que não pode ser mudado''. Mas eu desejo ensinar que todos podem mudá-lo de acordo com sua própria vontade, ou melhor, cada um pode traçar o seu destino. A consciência desse fato permite transformar o pessimismo em otimismo.
A não ser um louco, ninguém deseja um destino infeliz. Todo mundo almeja a boa sorte, mas são poucos os que a conseguem não obstante o enorme esforço que fazem para consegui-la. Entre cem pessoas, talvez não encontre uma que seja feliz. Triste realidade!
Buda afirmou: ''Todas as coisas são efêmeras''. Mas há criaturas inconformadas, que, atraídas pela presença de um homem afortunado entre milhares que não têm sorte, continuam perseguindo tenazmente o sucesso. Por outro lado, existe gente conformada, que aceita tudo na vida.
Seria maravilhoso que o homem encontrasse realmente um meio de alcançar a boa sorte. Não o conhecendo, ele se confunde ao traçar seu destino, tornando-se infeliz. Sofre dentro do cárcere criado por ele próprio. O mundo acha-se repleto dessas pessoas ignorantes e dignas de compaixão.
Assim, está mais do que vidente que, para ser afortunado, o homem precisa semear o bem. É costume dizer-se que o bem produz bons frutos, e o mal faz o contrário. A semente do mal tem origem no egoísmo, que leva as pessoas a quererem tudo para si, não se importando com o sofrimento e prejuízo que possam causar ao próximo. A semente do bem origina-se no sentimento fraterno de querer alegrar ou favorecer os semelhantes. Parece simples, mas é difícil praticar.
A vida é bem complicada. Para viver, é preciso criar um espírito capaz de aceitar e aplicar o princípio acima. Todavia, isso depende unicamente da Fé que se pratica, a qual deve ser selecionada entre as muitas que existem.''

(Por Meishu Sama, em 27 de fevereiro de 1952).

Um comentário:

  1. Bom texto, escrito por Meishu Sama, em 27 de fevereiro de 1952, hoje em dia se muitos praticassem o bem ou pelo menos fossem um pouco mais solidário um com outros, o mundo seria muito melhor para todos.
    Acredito que praticar e semear o bem não é só uma obrigação, porque ninguém sabe o dia de amanhã, e, como o fim do texto finalizou a vida "ainda" é bem complicada e preparar o nosso espírito para aplicar o que estava escrito em outras linhas deste texto de Meishu, e além do mais, a Fé é mesma, independente de qualquer religião.

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